Pílula biográfica: Elba Ramalho foi compositora antes de se mudar para o Rio de Janeiro

Posted by Chris Fuscaldo Category: Garota FM

O pai de Elba Ramalho bem que tentou, mas não conseguiu demover da filha o desejo de se tornar artista. Ao voltar de João Pessoa para Campina Grande, parou de tocar, mas voltou a atuar em peças de teatro. Os cursos de Direito, Economia e Sociologia, ela começou e abandonou logo no início. E estreou em peças diversas, tendo inclusive sendo vista em 1973 pelo ídolo João Cabral de Melo Neto na montagem do poema do poeta pernambucano Morte e Vida Severina. Com esse espetáculo, o grupo teatral da FACMA (Fundação Artística Manuel Bandeira) viajou por várias cidades do Nordeste. Um ano antes, foi a Lisboa e a Madri apresentar, junto à companhia, a peça Uma cena para dois povos.

Elba participava da organização do Festival Campinense de Música Popular Brasileira da FACMA. Também em 1972, na terceira edição, resolveu se inscrever e interpretar Ou coisa parecida, parceria dela com o amigo Zezé Duarte, que muitos disseram ser “um plágio de uma música de Belchior” (Na hora do almoço), mas venceu. Na quarta edição do festival, concorreu com duas composições próprias, Canto em punho e Joana, esta em parceria com o amigo Adalmir Braga. Foi classificadas em segundo e terceiro lugar, respectivamente.

Em 1973, Elba começou a trabalhar com produção de shows em Campina Grande em parceria com o amigo Cardosinho, primo de Marcelo Melo, vocalista do Quinteto Violado. Ao conhecer o grupo, foi logo dizendo que era atriz, que também cantava e era muito ligada à cultura popular. Menos de um ano depois, ela foi convidada a integrar o elenco do espetáculo A feira, que misturou teatro e música em Recife e avançou a fronteira do Nordeste, chegando ao Rio de Janeiro. O Quinteto Violado seguiu para outras praças e ela ficou na Cidade Maravilhosa, onde está até hoje.

 

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