Gal Costa levou canções estratosféricas ao Natura Musical

Posted by Chris Fuscaldo Category: Shows e eventos Tag: ,

Caiu uma chuva daquelas quando eu já estava com o a chave na mão para abrir a porta. Decidi ficar e esperar. Já bastava, na noite anterior, ter ficado presa em um posto de gasolina junto a uma amiga depois de tentarmos sair de uma gravação no Projac (Central de Produções da TV Globo) e darmos com o parachoque em poças fundas nas avenidas da Barra da Tijuca. Na Praia de Copacabana, deveria estar a maior confusão: de um lado, gente deixando rolar e dançando mesmo debaixo de água; do outro, pessoas querendo zarpar fora para não se encharcar tanto. Fiquei foi em casa… Mas pensando que a festa de 10 anos do Natura Musical – e a primeira edição realizada só no Rio de Janeiro – estava só começando.

Chico César, Marcelo Jeneci e banda em foto de Marco Amarelo

Chico César, Marcelo Jeneci e banda em foto de Marco Amarelo

Deu 14h20! “Vixe, já perdi a abertura de Karla da Silva“, pensei. Às 15h30, lamentei: “Tulipa Ruiz e Felipe Cordeiro devem estar fazendo um dueto lindo no palco!” Cinco da tarde seria a hora em que eu finalmente veria Emicida ao vivo pela primeira… É, não foi desta vez! Às 18h, meia hora antes de Chico César e Marcelo Jeneci entrarem em cena, a chuva deu uma trégua e eu decidi parar de sofrer. Trânsito, caos para estacionar, flanelinha doidão ameaçando estragar o carro se não levasse os R$ 10 adiantados, troca de vaga para não se aborrecer mais, placa de proibido estacionar cheia de recados que agentes municipais e funcionários da CET-Rio não sabiam explicar se diziam que podia ou não parar ali naquele dia e hora. Enfim, atrasada, alcancei Mama África, Felicidade e algumas outras canções do show dividido por Chico e Jeneci. Desliguei-me da função “cobertura” para relaxar a aproveitar um pouco até a hora de Gal Costa começar a cantar.

Gal Costa em foto de Marco Amarelo

Gal Costa em foto de Marco Amarelo

Muitos acharão um absurdo o fato de eu nunca ter assistido a um show de Gal, mas só eu sei o que passei aguardando por esse momento. Não foi descaso, desleixo nem nada assim. Simplesmente, quando ela aparecia, eu não estava e, quando eu ficava a lhe esperar, ela sumia. E olha que o primeiro álbum da baiana é um dos discos da minha vida!!!! Saí de lá meio molhada da água que caía e parava o tempo todo e com a certeza de que esse show adaptado de seu Estratosférica foi uma das coisas mais lindas que vivi nos últimos tempos. Ver Gal com sua potência vocal inabalada, com um repertório deliciosamente roqueiro – como sempre gostei de ouvi-la – com toques de blues e, ainda por cima, acompanhada de Milton Nascimento em algumas canções entrou para a minha história. Além das obras mais recentes, a cantora mais fatal da música brasileira arrebatou corações ao interpretar clássicos como Objeto Não Identificado, Namorinho de Portão Baby. O público também aprovou a inclusão, no repertório, de CabeloPérola NegraFolhetimUm Dia de Domingo Meu Nome É Gal, entre outras.

Milton Nascimento emocionou ao cantar Paula e Bebeto Travessia, além de apresentar com Gal Costa uma parceria dele com Criolo chamada Dez Anjos. Confira abaixo:

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Required fields are marked *.

You may use these HTML tags and attributes: <a href="" title=""> <abbr title=""> <acronym title=""> <b> <blockquote cite=""> <cite> <code> <del datetime=""> <em> <i> <q cite=""> <s> <strike> <strong>