Ser jornalista/pesquisadora é começar o dia levando um bolo e terminá-lo enterrando uma gata…

Ou seja…

É sair cedo para uma entrevista e descobrir que o cara esqueceu e saiu para uma filmagem, ser convidada por ele para ir ao seu encontro e sair pela cidade que você não conhece acompanhada da filha dele. É pegar uma balsa para outro município, para onde ele iria com a outra equipe e almoçar na casa do irmão do personagem. É descobrir que deu pau na filmagem e que ele não irá mais lá, voltar à casa dele tendo que mudar de ônibus porque o seu quebrou no caminho e, ao conseguir começar o papo, já de noite, assistir à gata da filha sendo atropelada. E é, por solidariedade e amizade (porque depois de um dia inteiro com esse amor de moça, viramos melhores amigas), iluminar com a lanterna do iPhone o buraco feito com a enxada no jardim pelo músico que visitava meu entrevistado, que contou que já foi pedreiro e, agora, virou coveiro.

Apesar se tudo, amo minha profissão!

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