‘All This Bad Blood’ ajuda a fazer de Bastille a nova querida da Inglaterra

Posted by Camila Claro Category: Colaborações

Bastille no CD All This Bad BloodSem depreciar as demais partes do planeta, mas o fato é que, quando uma banda é originalmente inglesa, deve-se refletir sobre sua qualidade. A Bastille é uma banda recente, formada em 2010 pelo quarteto Daniel Campbell Smith (vocais, teclados, piano, percussão, arranjos de cordas, programação), Kyle Jonathan Simmons (teclados, percussão, backing vocals), William Farquarson (baixo, teclados, violão, backing vocals) e Chris “Woody” (bateria, backing vocals). Lançada pela Virgin Records em 2012, teve uma ascensão incrivelmente rápida, principalmente por conta do sucesso através de canais como Youtube e MySpace. Em 2014, lançou seu segundo disco oficial, duplo, chamado All This Bad Blood, como uma continuação do primeiro, Bad Blood, de 2013.

A diferença entre os discos é que, no último, está incluso o novo single Of The Night, além de outras três músicas novas. A banda também contou com uma série de músicos que variam os arranjos de cordas, violino e violoncelo entre as tracks. O gênero não chega a ser indie rock porque fica muito mais para synthpop (eletrônico, disco) e piano pop. É nítido que o new wave serviu de inspiração para a banda e, em The Silence, fica ainda mais claro. O violino também marca presença nesta música, dando um equilíbrio bem original à produção.

Bastille é a prova de que a qualidade inglesa é quase inegável em qualquer gênero musical. A banda consegue trazer as origens da cena underground do indie rock e do new wave para um estilo orquestrado eletrônico bem incomum. A maior parte do álbum duplo transmite uma energia positiva muito interessante, que poderia servir até como trilha sonora de filmes. Na verdade, é um disco que pode surpreender muito pela sua capacidade.

É difícil listar cada faixa deste álbum, pois são muitas (o disco tem 1h23!) e cada uma tem uma particularidade, apesar de, de uma forma geral, elas acabarem se assemelhando. Sleep Song é uma que também traz o violino de uma forma suave, que se contrapõe às pesadas batidas da bateria.

A Virgin costuma inovar o mercado da música com grupos de gêneros pop e rock bastante influenciáveis e, ainda que Bastille seja bem original, ela remete aos ouvidos uma levada musical que tem sido muito tradicional nos últimos anos: as famosas batidas eletrônicas. Mas é fato que a banda e surpreende pela sua originalidade, ousadia e boa produção. Talvez ganhe uma repercussão maior nos próximos meses, afinal, ela ainda é muito recente. Vamos ver.

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