Prêmio da Música Brasileira é mais organizado, porém menos criativo em sua 23ª edição

O 23º Prêmio da Música Brasileira levou diversos nomes de destaque ao Theatro Municipal do Rio de Janeiro na noite desta quarta-feira (13/06), mas não surpreendeu no quesito criatividade em relação aos convidados que interpretaram sucessos de João Bosco, o grande homenageado desta edição. O lado bom foi a organização das atrações e a substituição das apresentadoras Deborah Bloch e Regina Casé, que no ano passado causaram vergonha alheia à plateia de consumidores de cultura (e não de celebridades), pela dupla Luana Piovani e Zélia Duncan. Luana se comportou bem, conseguindo até mostrar certa química com Zélia, sem dúvida um dos maiores destaques da MPB dos últimos 20 anos. Interessantes foram alguns dos números musicais, mas… por que a obrigação de se ter Alcione, Ivete Sangalo e a própria Zélia, quase sempre figuras presentes nestes eventos de MPB, se há nomes que têm tudo a ver com o homenageado, como Júlia Bosco, filha de João, que acabou de lançar seu disco de estreia?! De qualquer forma, vale destacar os belíssimos números que cada uma dessas cantoras executaram no palco, sendo o de Zélia um quarteto com Zé Renato, Zeca Baleiro e Bluebell, que apesar de pouco conhecida, ganhou espaço nobre no Municipal. Entre os momentos divertidos esteve o selinho de Zeca Pagodinho em Gaby Amarantos.

Entre os vencedores, Criolo destacou-se levando três troféus: Revelação; Cantor e Melhor Álbum na categoria Pop Rock Reggae Hip Hop Funk, com “Nó na orelha”. O músico agradou com sua interpretação de “De Frente pro Crime”. Na categoria Canção Popular, Cauby Peixoto levou o prêmio de melhor Cantor e foi aplaudido de pé pela plateia. Vencedores, Marisa Monte, Banda Calypso e Chitãozinho & Xororó não puderam comparecer, enviando representantes.

A cobertura completa do evento está no Twitter do GarotaFM

Aqui embaixo, a lista das músicas apresentadas durante o 23º Prêmio da Música Brasileira:

Tizumba e Meninos de Minas: “Benguelê”
Milton Nascimento e Toninho Horta: “Agnus Sei”
Arlindo Cruz e Mariene de Castro: “Nação”
Ney Matogrosso: “O Cavaleiro e os moinhos”
Alcione: “Quando o amor acontece”
Zeca Baleiro e Blubell: “Miss Suéter”
Zélia Duncan: “Dois pra lá, dois pra cá”
Criolo: “De frente pro crime”
Mônica Salmaso e Renato Bráz: “Sinhá”
Zeca Pagodinho e Gaby Amarantos: “Coisa feita” e “Incompatibilidade de gênios”
Ivete Sangalo: “Corsário”
Zé Renato: “Bodas de prata”
João Bosco: “O bêbado e a equilibrista”, “O mestre sala dos mares”, “Desenho de giz” e “Papel marchê”

2 thoughts on “Prêmio da Música Brasileira é mais organizado, porém menos criativo em sua 23ª edição

  1. Realmente, ter sempre as figurinhas repetidas, que NUNCA completam álbum, não colam na agenda e nem dá pra trocar por novas é um porre. Claro que as três, na minha opinião, são ótimas cantoras, mas trocar o disco de vez em quando é bom. Parabéns, Chris!

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