Com primeiro disco em 20 anos de carreira, carioca ‘de Brasília’ pode ser a sucessora de Alcione

Posted by Chris Fuscaldo Category: Entrevistas Tag:
Dhi Ribeiro por Adriana Lins e Henrique Pontual

Dhi Ribeiro por Adriana Lins e Henrique Pontual

Nascida em Nilópolis, na Baixada Fluminense, e criada em Salvador, Dhi Ribeiro ganhou fama e fãs em Brasília, para onde se mudou aos 16 anos. Mas engana-se quem pensa que essa morena de voz poderosa caiu nas graças do povo quando ainda era mocinha ingênua acostumada aos sucessos da axé music. Dhi levou tempo para se firmar. Foi após voltar da Itália – lá, trabalhou na companhia de circo Lidia Togni – que começou a ganhar espaço cantando em bares da capital (o release destaca: “O Bar do Calaf fica nas proximidades dos edifícios-sede do Banco Central, do Banco do Brasil e da Caixa Econômica, ponto de encontro dos apreciadores de samba na capital, com frequência variada, que vai de universitários a servidores públicos, de Carlos Elias, ex-integrante da Ala de Compositores da Portela, ao ministro do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa – ambos fãs declarados da cantora”). Coloque aí mais cinco anos de trabalho na noite. É só agora, aos 43 anos, depois de 20 de carreira, que Dhi começa a comemorar o lançamento de seu primeiro disco. “Manual da mulher” é a maior prova de que persistir vale a pena.

“Parece lugar comum, mas vou dizer a mesma coisa que disse ao Faustão quando estive no programa dele: eu não deixaria de fazer nada do que fiz. Não mudaria meu caminho. Sempre acreditei que alguma coisa ia acontecer. Eu dizia: ‘Gravando ou não, vou continuar cantando. Desistir, não vou, nunca!’ Sempre foi meu sonho gravar um disco, mas não tinha possibilidade, porque é caro, né? Na volta da Europa, o sonho começou a se solidificar. Eu disse que não ia desistir! Acho que o rapazinho lá de cima ficou com pena da moça”, brinca Dhi.

Produzido pelo mestre (de Zeca Pagodinho) Rildo Hora, “Manual da mulher” confirma as raízes de Dhi Ribeiro, que relembra seus tempos de bebê no Rio interpretando doze faixas assinadas por grandes nomes do samba. Noca da Portela, Serginho Meriti, Jorge Aragão, Luiz Carlos da Vila, Moacyr Luz são alguns deles.

“É uma volta as raízes porque o samba sempre esteve na minha vida, apesar de ter trabalhado com outros estilos também. Faço shows no Rio de vez em quando e a recepção é sempre muito boa. O contato com esses compositores já existia, porque virava e mexia eu recebia músicas para incluir em meu repertório. Fui reunindo o que me interessava e o disco ficou com a minha cara. Quando conversei pela primeira vez com o pessoal da gravadora e perguntaram o que eu achava do Rildo Hora, eu disse: ‘Ã?’ Ele dispensa comentários… independente de ser um ícone da nossa música, ele é maravilhoso! Trabalhou com muito carinho no meu disco”, conta Dhi.

Em “Manual da mulher”, Dhi canta o samba para sambar (“Choro de alegria”), o samba para lamentar (“Arsenal de ilusões”), o samba para comentar (“Doidice”) e o samba para ensinar o homem a saber se relacionar com uma mulher (“Manual da mulher”). Cheia de suingue e simpatia, a cantora acaba de se candidatar ao posto de sucessora de Alcione. Será que ela leva? Ouça “Para uso exclusivo da casa”, repare as gírias e ironias e dê sua opinião:

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4 thoughts on “Com primeiro disco em 20 anos de carreira, carioca ‘de Brasília’ pode ser a sucessora de Alcione

  1. Olá, Cidney!
    Não, é “aos 16 anos” mesmo. Eu quis dizer que ela se mudou para Brasília quando tinha 16 anos e não que ela se mudou para lá “há 16 anos” (mesmo se estivesse correto, o “há” seria com “h”, porque vem do verbo “haver”). Bem, isso foi o que ela me contou, na entrevista. Tens alguma informação que eu não tenho?
    Abraços,
    Christina Fuscaldo

  2. Olá Christina Fuscaldo !
    Obrigado pela correção. Se ela se mudou para Brasília aos 16 anos, então ela recebeu o troféu Castro Alves morando em Brasília correto? Vou procurar os outros músicos da banda dela aqui em Salvador para confirmar. Mas salvo engano, ela não foi aos 16 anos para BSB mesmo porque ela com 24 morava em SSA.
    Sobre outras informações, ela começou com uma banda que participei também.

  3. Bom, aí, é com ela… O que está na matéria saiu de uma entrevista com a própria cantora. Obrigada pelas observações. Abraços!

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